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Riviera Gaz fala sobre os caminhos até o disco “Connection”

Atualizado: 2 de ago. de 2019


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Foto: Renata Molina

Um período sabático na França e a vontade de criar algo novo foi o que Gustavo Riviera precisava para começar a escrever as primeiras canções do seu novo projeto, Riviera Gaz. Um dos fundadores do Forgotten Boys, o músico apresenta o resultado desta obra em Connection, o disco de estreia que será lançado no próximo dia 8 de junho pela Hearts Bleed Blue (HBB).


Para saber como foi a jornada até o álbum, o Blog n’Roll conversou com Gustavo sobre a formação da banda, o processo de composições e as diversas influências que fazem parte do álbum. Além de saber como foi o contato com Steve Shelley, ex-baterista do Sonic Youth que faz parte do Riviera Gaz.


“Foi um momento que estava sem banda, sem o Forgotten Boys e senti a necessidade de compor algo que poderia me virar sozinho”, conta Gustavo sobre o início do então projeto solo enquanto estava em Paris. 


“Escrevi músicas que foram inspiradas em algo que estava rolando quando eu estava lá. Livros que estava lendo, o que eu estava sentindo, músicas que estava ouvindo, pessoas que conheci”, completa.


Sozinho e com mais tempo para compor, o músico encontrou no cinema e na literatura inspiração para as letras. O conceito de “storytelling” que conduz esses textos foram importantes para as canções.


“Esse ambiente de ‘contos’ está bem presente no disco. Tem personagens, histórias, que em alguns casos são inspiradas em algumas obras que li ou assisti. Outras são da minha imaginação, onde crio o filme”, explica Gustavo.


Para quem gosta de caçar referências, Connection promete ser um disco com bastante material para ser encontrado e analisado. Por exemplo, o próprio título do álbum está relacionado ao longa The Connection (1961) de Shirley Clarke, que por consequência serviu de inspiração para a faixa Cowboy.


O teatro aparece como fonte para o material. A ideia da faixa Pere Ubu veio do texto Ubu Roi de Alfred Jarry. “Ele é um autor francês surrealista que apresentou essa peça em 1896. Foi meio um choque para sociedade da época, porque ele tirava um sarro do rei que fazia tudo pelo poder e era bem estúpido. É divertido,” explica Gustavo.


De volta ao Brasil, Gustavo se juntou com Paulo Kishimoto (Forgotten Boys/Pitty) para tocar o projeto. No entanto, tudo só começou a avançar após a entrada de Steve Shelley, ex-baterista do Sonic Youth. Foi um amigo em comum que colocou os músicos brasileiros em contato com o americano, mesmo de forma não intencional.


“Esse amigo pediu para levar o Steve para sair quando ele estava em São Paulo para tocar com o Lee Ranaldo (Sonic Youth). O projeto estava meio de lado e o Paulo sugeriu de mandar as músicas da demo para o Steve e ver o que ele achava de gravar”, lembra Gustavo. “E ele topou, se interessou no projeto e nas composições”.


Ajustando as agendas para gravar os novos materiais e realizar turnês, Steve morar fora do Brasil não foi um impeditivo para banda. Em 2016, o Riveira Gaz que lançou o EP Pere Ubu e fez algumas apresentações em festivais.


Então, com convivência em estúdio e na estrada, os músicos encontraram diversos gostos parecidos. “Descobrimos que temos muitas bandas em comum que fizeram parte da nossa criação musical. Desde o punk rock ao folk. Isso ajuda a gente se entender”, comenta Gustavo.


Após o lançamento de Connection, o Riviera Gaz sairá em turnê entre junho e julho para divulgar o material nas principais capitais brasileiras e também pela América do Sul. O álbum está em pré-venda no site da HBB e disponível em CD, LP e K7.


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